Buscai uma nova vida
De forma  taxativa, inicio este artigo afirmando: CRISTO RESSUSCITOU!
Na nova  fé católica não há espaço para reencarnação. Isso porque, o conceito de  reencarnação fere a verdade da ressurreição de Jesus Cristo. Aliás, o apóstolo  Paulo, em sua primeira carta à comunidade de Coríntios é bastante claro ao  referir-se a este tema: “Se Cristo não ressuscitou, vã é a nossa fé,... e se os  mortos não ressuscitam, também Cristo não ressuscitou” e se assim fosse,  “ ...  seríamos os mais miseráveis de todos os homens”. ( 1 Cor 15,22 )
Essa é a  base da nossa fé. Não há lugar para reencarnação no Cristianismo, apesar de  erroneamente, muitos católicos mal informados falarem em carma da vida ou que  alguém desencarnou. Tais expressões não convêm para nosso vocabulário.
Fiel à  palavra de Deus, de que “os homens devem morrer uma só vez” (Hb 9,27), a Igreja  Católica no seu novo catecismo afirma categoricamente: “NÃO EXISTE REENCARNAÇÃO  DEPOIS DA MORTE” (nº 1013).
A vitória de Cristo sobre o pecado e a morte está  totalmente explicitada na sua ressurreição. Viver o tempo da Páscoa é, portanto,  tomar posse dos frutos da redenção operada por Jesus. Tempo este no qual somos  exortados a viver uma vida nova.
 As cartas de São Paulo apóstolo apresentam  com muita freqüência, esse apelo de uma Vida Nova a todos os cristãos que buscam  viver no RESSUSCITADO. Sem ter a pretensão  de esgotar o assunto, procurarei me  valer desses textos para que busquemos viver esta revolução da pessoa humana,  que se dá pela ressurreição de nosso Mestre JESUS.
VIDA NOVA
À  comunidade  cristã de Colossos e a todos nós, Paulo exorta a uma nova vida em  Cristo Ressuscitado, na busca das “coisas do alto” (Col 3, 1) e ao deixar de  lado as coisas da Terra.
 O que seriam as coisas da Terra que devemos deixar  para trás? O texto enumera de forma clara, a prostituição, a impureza, a paixão  e a cobiça como formas de idolatria.
 O homem velho que vive em nós deve dar  lugar ao homem novo. A nossa vida de Cristão não comporta cultivar a ira, a  raiva, a maldade, a maledicência e palavras obscenas. Na graça do Ressuscitado  temos que despojar-nos de tudo isso, para renovar-nos e revestir-nos das obras  do Espírito.
Certa vez, quando eu pregava para um grupo de catequizandos  adultos sobre a Vitória de Cristo, um jovem me disse: “Tudo isto, padre, é  bonito de ouvir, mas na realidade, a vitória parece ser do diabo”. Não consigo  esquecer desse jovem porque, na verdade, quando olhamos para nós mesmos ou para  nossas comunidades ou para a nossa sociedade, encontramos dificuldades em  presenciar os efeitos dessa vitória de Cristo. As sombras do pecado ainda estão  muito densas em nossas relações. De modo geral, vivemos o limite da mediocridade  religiosa que a luz da ressurreição não é capaz de nos  renovar.
Acostumados aos vícios de uma lógica meramente humana  desistimos de lutar por uma transformação espiritual. Esquecemos que antes  “vivíamos nas trevas, mas agora somos luz no Senhor” ( Ef. 5,8 ) .
 A verdade  plena já nos foi revelada, porém insistimos em culpar a Deus por nossas  calamidades, catástrofes e injustiças. De certa forma, é cômodo alegar que meu  sofrimento é fruto de um carma.
É mais fácil querer dar ao ser humano uma  chance para uma nova encarnação poder corrigir as atrocidades que por ventura  nesta vida ele venha cometer. É mais fácil dizer que tudo é encosto do diabo, do  que assumir a responsabilidade social do desemprego, corrupção e  impunidade.
FRUTOS DA LUZ
 Ainda falando sobre o que é viver a Vida Nova  sob a luz da ressurreição, São Paulo apresenta três frutos desta luz: a bondade,  a justiça e a verdade (Ef. 5,9). Em outra carta, ele fala da compaixão, mansidão  e paciência (Col 3,12), por fim, coroando a caridade como vínculo da  perfeição.
 De fato a cada ano, a Igreja nos propõe viver o tempo pascal  entre a Páscoa e o Pentecoste, como um forte momento de júbilo e vitória. Uma  vitória já conquistada na cruz do Senhor Jesus, porém, que se efetive em ações  comunitárias, sociais e pessoais concretas.
 Não é por acaso que um dos  símbolos da ressurreição é a borboleta, tão presente nos antigos vitrais das  igrejas. O sepulcro estava vazio (Jô 20, 1 ).
 O homem velho com toda sua  carcaça tem que ficar para trás. O tempo é de renovação e libertação, e para  isso podemos contar com a efusão santificante do Espírito Santo.
VEM  ESPÍRITO SANTO E  FAÇA NOVAS TODAS AS COISAS!
Padre Reginaldo Manzotti
domingo, 3 de outubro de 2010
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